Espírito Motor
sábado, 5 de janeiro de 2008
  Maturidade Chegando
Maturidade Chegando

Eu por muito tempo escrevi utilizando metáforas, e também fiz construções acrobáticas com algumas frases, isso tudo era porque deixava os textos sairem naturalmente, terrivelmente impulsionados pela harmonia poética dos fonemas nas palavras, e também pela corrente natural dos tempos, chegando tudo num formato exótico e pouco compreensível, ainda que em alguns casos terminei em belos resultados.

Em outro ponto de entendimento, eu percebi que escrever sem entregar claras respostas era uma maneira de oferecer à web somente o essencial para as pessoas me conhecerem, logo em seguida eu guardava para mim um bom conteúdo totalmente legível e prático, assim, reservando para um lugar onde eu pudesse explorar com potencial de retorno.

Mas eu estou vendo minha linguagem mudar, viciada nessa maneira de expressar, tenho percebido que as figuras de linguagem estão ganhando uma vivacidade muito maior que o sentido por trás delas, e então a maquiagem na estrutura tornou-se mais espetáculo do que o significado coerente, cansando-me para sempre.

Acho que já brinquei o suficiente para meus músculos ficarem desenvolvidos, sei como falar mil coisas, como conversar com os significados e de repente construir imagens no tempo certo, agora é momento de tentar mais substantivos, mais aspectos históricos e também uma substância pura de envolvência e resolução, é tempo de ser claro, edificante, rítmico porém alcansável, e isso se dará nos próximos produtos de minha mente já próxima desse primeiro círculo de maturidades.
 
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
  O Enigma da Serpente
O Enigma da Serpente

Contei as velhas histórias a minha sombra, sobre um rastro no chão falando dos enigmas das serpentes, aprendi nos desertos a respeito do caminho mais certo e trilhado por todos os seres da inteligência superior, e toda luz sobre mim procurou por minha escuridão sem encontrar qualquer sinal.

Eu disse a minha sombra sobre como ser rasteiro e como ser esfínge, ela aprendeu educamente, nunca mais a vi, e a luz ao meu redor me toma por inteiro, agora enxergo o que aprendi e todo o lugar ao redor é sol e deserto, meu chão é grão e semente de cobras, eu vejo tudo passar e deixar apenas rastros, ensinei isso a minha sombra.

O enigma da serpente foi contado também a todos os meus objetivos, falei a cada um deles para serem esfinge e rasteiros, para seduzir os homens e mulheres, para dar um fruto de ousadia e inteligência a quem pudesse levá-los, e para o deserto todo meu paraíso foi, lá secando, sobrou-me o silêncio e ao redor dele o sol mordendo como cobras.

Eu serei serpente, passarei entre todos como um predador hipnotizante, e meus movimentos serão minha magia, vou roçar no chão árido de todas as situações meu espírito cheio de histórias para contar, mas ninguém entenderá o que faço, ficarão silenciados pela poesia secreta da aproximação, eu serei educado como cobras seduzidas na nossa dança e canção, seduzirei em balaio de desertos toda esfinge que quiser seu meu alvo ou meu de inteiro coração.

Eu ensinei a minha sombra por onde vão as serpentes sem escuridão.

Brilhante é meu caminho agora, eu conheci todas as fronteiras do que vejo, e isso é silêncioso dentro de mim, como o céu o é todos os dias antes e depois do sol se por, ao redor de mim e dele agora é onde moram minhas perguntas, minhas respostas, meus enigmas e sombras, ao redor de tudo estou eu abraçando como uma hipnose inevitável, e isso é bom, como um mar que não se represa e avança sem pensar para terras ávidas de água, nutri minha sombra com a resposta mais secreta, e digo de novo: o enigma da serpente é seu verdadeiro caminho, eu vou nele. Quero seduzir homens e mulheres com a resposta sobre tudo, e o paraíso será meu, mesmo aqui onde só sobrevive as sombras.

E não expulsarei ninguém do meu chão de grãos e sementes de cobras.
 

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Olá! Eu sou um professor dos anos iniciais do ensino fundamental. Minha principal estratégia de educação é considerar a construção do conhecimento como uma relação entre dois grandes universos, que eu prefiro chamar de mundos, o exterior e o interior.

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